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Bolsa de valores em 2025: o que esperar?

Escrito por AGF

O ano de 2025 promete trazer novas oportunidades e desafios para os investidores na Bolsa de Valores. Entre os temas mais relevantes, os dividendos ganham destaque como uma estratégia atrativa para quem busca estabilidade em meio às incertezas do mercado. 

Para enriquecer essa análise, reunimos insights de Louise Barsi, sócia fundadora da AGF, sobre as perspectivas econômicas, setores para dividendo promissores e os caminhos para quem deseja investir com confiança neste cenário.

Bolsa de valores: Saiba o que se pode esperar em 2025. | Foto: Freepik.

Setores com Potencial para Dividendos em 2025

De acordo com Louise Barsi, para identificar boas oportunidades, não basta olhar para empresas que prometem pagar altos dividendos em curto prazo. O foco deve estar em organizações que mantêm históricos consistentes de distribuição de lucros, com média mínima de 6% ao ano ao longo de vários anos. Essa abordagem evita armadilhas do chamado “dividend yield alto” — uma métrica baseada no preço da ação em um período de 12 meses, o que pode ser uma janela curta para avaliar a saúde financeira de uma empresa.

Os setores destacados como mais resilientes em 2025 incluem:

  • Bancos
  • Energia
  • Seguros
  • Saneamento
  • Telecomunicações

Esses segmentos são conhecidos por resistirem bem a períodos de turbulência, como o que se espera em 2025. Além disso, são setores cujas receitas geralmente acompanham a inflação, têm margens generosas e um alto poder de mercado, o que contribui para boas distribuições de dividendos mesmo em cenários desafiadores.

Análise Histórica e Estudos Recentes

Louise destacou um estudo realizado pela AGF, que adaptou o conceito de “Dividend Aristocrats”, originalmente criado para o mercado americano, para a realidade brasileira. Nos Estados Unidos, esse conceito inclui empresas que aumentaram consistentemente seus dividendos por 25 anos ou mais. 

No Brasil, a AGF utilizou uma abordagem focada nos últimos cinco anos, ajustados pela inflação. Dentre as 400 empresas listadas na B3, apenas oito atenderam aos critérios de aumento consistente de dividendos no período.

Curiosamente, o setor bancário foi o que mais se destacou. Esses resultados reforçam a tese de que organizações com receitas corrigidas pela inflação e bom poder de mercado tendem a ser mais atrativas para investidores que buscam estabilidade e retorno consistente.

A Estratégia BESST

Para facilitar a memória dos investidores, Louise apresentou o acrônimo BESST — Bancos, Energia, Seguros, Saneamento e Telecomunicações. Além de serem setores com histórico comprovado de resiliência, eles oferecem uma métrica real de dividendos, pois suas receitas acompanham a inflação. Contudo, é importante lembrar que a seleção de ativos requer uma análise detalhada de fundamentos para garantir uma boa decisão.

Como Encarar um Cenário de Incertezas?

A instabilidade econômica pode assustar os investidores, mas também abre oportunidades. Como destaca a frase de Warren Buffett, “Compre ao som dos canhões”. Períodos de turbulência podem representar boas janelas de compra para quem pensa no longo prazo. No entanto, isso exige preparo emocional e estratégico.

Primeiramente, é essencial conhecer o próprio perfil de investidor e dividir o portfólio em três “caixinhas”:

  1. Curto prazo: Recursos destinados à emergência, com foco em liquidez e segurança. Exemplos incluem CDBs de grandes bancos e o Tesouro Selic.
  2. Médio prazo: Investimentos com carência moderada, como títulos indexados ao IPCA, LCA e LCI.
  3. Longo prazo: Recursos para renda variável, visando retornos consistentes ao longo de cinco anos ou mais.

Esse planejamento reduz a ansiedade e protege o investidor de decisões motivadas pelo medo ou pela necessidade de liquidez em momentos inoportunos.

Momento Ideal para Ações

Louise enfatizou que a Bolsa de valores pode ser para todos, mas nem todos estão prontos para ela. Investir em renda variável exige paciência, disciplina e um horizonte de longo prazo. Além disso, a diversificação entre diferentes caixinhas de investimento permite equilibrar riscos e capturar oportunidades em diferentes momentos do mercado.

Estratégias de Investimento em 2025: Como Balancear Segurança e Rentabilidade

A Importância de Uma Reserva de Emergência

Um ponto crucial para quem deseja começar a investir, inclusive em ações, é garantir um colchão financeiro: a reserva de emergência. Como destacado, essa reserva oferece segurança para o curto prazo, permitindo que o investidor evite decisões precipitadas, como vender ativos a preços baixos em momentos de instabilidade.

Por exemplo, se no final do mês você tem R$100 disponíveis, utilize esse valor para investir em ações, mas sem ultrapassar o seu perfil de risco. Essa abordagem conserva uma postura conservadora mesmo ao entrar no mercado de renda variável, minimizando a ansiedade e promovendo tranquilidade financeira.

Empresas Perenes: A Base de uma Estratégia Conservadora

Um aspecto interessante abordado foi a escolha de empresas consideradas perenes e defensivas. Essas companhias geralmente possuem receitas corrigidas pela inflação e apresentam resiliência em cenários econômicos adversos. Exemplos incluem setores essenciais, como energia elétrica, água, telecomunicações e seguros.

Essas empresas oferecem a vantagem de receitas previsíveis, permitindo que o investidor “durma tranquilo”. Afinal, investir deve ser uma forma de criar estabilidade, e não um motivo de preocupação constante.

Setores Resilientes e Dividendos Atraentes

Para quem busca estabilidade e bons dividendos, empresas que distribuem lucros regularmente são uma excelente escolha. Em 2025, uma projeção atrativa para dividend yield é de 9,5%, como esperado da BB Seguridade.

A BB Seguridade, por exemplo, é um caso de empresa resiliente. Atuando no setor de seguros e previdência, ela é beneficiada tanto em períodos de expansão econômica, com o aumento na emissão de prêmios, quanto em momentos de alta da taxa Selic, através de receitas financeiras geradas por seu fluxo de caixa robusto.

Além disso, o índice de utilidades da Bolsa, que inclui empresas defensivas, tem mostrado desempenho mais estável, mesmo em períodos em que o Ibovespa sofre variações significativas. Para avaliar se as ações dessas empresas estão caras, uma métrica simples e eficaz é calcular o preço teto.

Como Calcular o Preço Teto

O preço teto é uma fórmula que estabelece o valor máximo que um investidor deve pagar por uma ação, considerando um retorno mínimo esperado. Para determinar o preço teto:

  1. Pegue a média de dividendos pagos por ação nos últimos seis anos.
  2. Divida esse valor pelo retorno mínimo esperado (por exemplo, 6%).

Essa métrica ajuda a identificar se uma ação está sendo negociada a um preço justo, reduzindo o risco de comprar ativos sobrevalorizados.

Exemplos de Empresas Resilientes e Defensivas

Dentre as empresas que têm demonstrado consistência nos últimos anos, destacam-se:

  • Taesa: Focada na transmissão de energia, entregou um dividend yield mediano de 9,59% nos últimos seis anos e um retorno total de 176% no mesmo período.
  • BB Seguridade: Projeção de dividend yield de 9,5% em 2025.
  • CEMIG, Copasa e Banco do Brasil: Empresas que combinaram dividendos acima de 6% com retornos totais atraentes.

Essas empresas apresentam características ideais para investidores previdenciários, especialmente pela estabilidade de receitas e contratos de longo prazo.

Energia: Um Setor Estratégico

O setor energético merece destaque como uma escolha inteligente para investidores defensivos. Empresas como a Taesa, que atuam na transmissão de energia, possuem contratos de longo prazo corrigidos por índices como IPCA e IGPM, protegendo-se da inflação e da volatilidade cambial.

Além disso, transmissoras de energia não dependem da inadimplência dos consumidores finais ou do volume de energia gerada, diferenciando-se de distribuidoras puras. Esse modelo de negócios estável as torna um “filé” dentro do setor de energia.

Pronto para começar ou ajustar sua estratégia de investimentos na bolsa de valores? Lembre-se, o mercado é dinâmico, mas boas práticas e educação financeira continuam sendo as maiores aliadas de qualquer investidor.

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